Hoje vi a lua tão formosa
um poema lindo recitar,
um poema sobre coisa tão famosa,
um poema que falava sobre amar.
Falava sobre a estrela de luz tão vistosa
que um dia pela lua foi se apaixonar
e sempre esperava pela noite ansiosa
para poder a linda lua contemplar.
E mesmo depois de muitos conselhos foi teimosa.
Tomou coragem e foi se declarar,
mas a lua sempre tão orgulhosa
não quis o seu amor aceitar.
A estrela antes linda, agora triste e chorosa,
tomou um decisão. Iria de apagar.
Foi quando ouviu o canto de uma voz tão charmosa
ficou encantada e parou para escutar.
"A quem pertence esta voz tão doce e melodiosa?"
a estrela começou a questionar.
A voz disse ser das águas companheira honrosa,
e pediu que ela viesse lhe acompanhar.
A estrela seguindo o som daquela voz preciosa
achou que pertencia a lua refletida no mar,
na verdade era a sereia esperta e tinhosa
que queria aquela estrela conquistar.
A estrela pobrezinha, iludida e esperançosa
num grande impulso resolveu se atirar.
Caiu no mar sem sua força esplendorosa
e agora já não pode mais brilhar.
Mas toda noite corre para costa rochosa
de onde ouve a lua seus poemas recitar.
"Ela continua linda e cada vez mais formosa!
E eu continuo estrela, mas estrela-do-mar."